
Recarregando as energias para mais uma semana...
Liderados pelo professor Boris Stuck, pesquisadores do Hospital da Universidade de Mannheim, na Alemanha, fizeram experimentos usando odores bons, como o perfume de rosas, e ruins, como o cheiro de ovos podres, expondo voluntários a eles durante o sono.
Eles esperaram até que os participantes entrassem na fase REM do sono, estágio em que ocorrem os sonhos mais vívidos, e borrifaram altas doses das fragrâncias no ar durante dez segundos.
Um minuto mais tarde, os voluntários foram acordados e convidados a relatar suas impressões.
Sem lembranças
Os participantes raramente se lembravam de haver sentido qualquer cheiro.
Mas os especialistas concluíram que, quando o odor desagradável foi usado, o tipo de emoção vivenciada durante o sonho era predominantemente negativo.
Sob o estímulo do odor agradável, quase todos os sonhos relatados tinham conotações positivas.
Os pesquisadores anunciaram que pretendem agora fazer estudos com pessoas que sofrem com pesadelos constantes.
Segundo eles, informações sobre o funcionamento do olfato durante o sono foram disponibilizadas apenas muito recentemente e o presente estudo seria o primeiro a documentar o impacto do olfato sobre os sonhos.
Terapias
A equipe alemã acredita que sua pesquisa pode abrir caminho para terapias que usam fragrâncias para tratar pacientes com distúrbios do sono.
Pesquisas anteriores mostraram o efeito de outros tipos de estímulo, como som, pressão e vibração, sobre o conteúdo e a conotação emocional dos sonhos.
"Temos algum conhecimento sobre a relação entre estímulos externos e os sonhos", disse o especialista em sono Irshaad Ebrahim, do London Sleep Centre, na Grã-Bretanha.
"Este estudo inicial é um passo em direção ao esclarecimento dessas questões e pode levar a benefícios terapêuticos."
Após o sucesso dessa primeira parte, o próximo passo será projetar outras partículas na direção oposta para que possam colidir, recriando as condições que existiam no universo imediatamente após o Big Bang.
O aparelho, cujo custo é estimado em US$8 bilhões, foi projetado para atirar partículas de prótons umas contra as outras quase à velocidade da luz. A liberação maciça de energia causada pelo choque das partículas simularia as condições após a explosão que deu origem ao universo.
Em agosto, os engenheiros já haviam injetado raios de prótons de baixa intensidade no LHC, mas estes não completaram o percurso completo do túnel.
Massa
Os cientistas esperam conseguir identificar o surgimento de partículas tal como aconteceu no início do universo, algumas das quais nunca foram observadas antes.
“Vamos conseguir analisar a matéria mais profundamente do que jamais conseguimos”, disse Tara Shears, da Universidade de Liverpool, na Inglaterra.
“Poderemos observar do que o universo se constituía bilionésimos de segundo depois do Big Bang”, afirmou.
'O que é massa?'
O LHC poderá responder a uma simples questão: O que é massa?
“Sabemos que a resposta será encontrada no LHC”, disse Jim Virdee, físico do Imperial College de Londres.
O modelo mais aceito sobre a formação da massa envolve uma partícula chamada bóson de Higgs, também conhecida como "partícula Deus". Segundo a teoria, as partículas formam sua massa através de interações com o campo que acompanha a partícula Higgs.
Projeto
O acelerador foi construído pela Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) em um laboratório subterrâneo na fronteira franco-suíça.
Desde a concepção até o acionamento do LHC nesta quarta-feira, foram 30 anos de pesquisas e vários obstáculos. O orçamento estourou várias vezes e o custo final ficou quatro vezes maior do que o previsto, por problemas de equipamento e construção do aparelho. O acionamento foi atrasado em dois anos.
Durante o inverno europeu, o LHC será fechado para que os engenheiros preparem o equipamento para reproduzir as colisões com energia total - e não de baixa intensidade, como nesta quarta.
“O que é tão empolgante é que não tivemos o lançamento de um equipamento tão grande durante anos”, disse Shears.
“Nossos experimentos são tão grandes, complexos e caros que não ocorrem com tanta freqüência. Mas quando acontecem, tiramos deles toda a física possível “, afirmou.