terça-feira, 25 de março de 2008

Tubarões podem prever mau tempo, diz pesquisa

Os tubarões podem ser usados para prever tempestades, sugere uma pesquisa feita por uma bióloga britânica. Lauren Smith, de apenas 24 anos, está perto de concluir o doutorado, em que investiga a sensibilidade dos tubarões à pressão atmosférica.Se as pesquisas de Smith confirmarem o que a sua teoria diz, os cientistas poderão, no futuro, monitorar o comportamento dos tubarões para antecipar a chegada do mau tempo.

Parte das pesquisas foi realizada em uma câmara de altitude no Centro Hiperbárico Nacional em Aberdeen, na Escócia, e revelou que os tubarões sentem pequenas mudanças na pressão atmosférica - um sinal de tempestade iminente - e procuram segurança nas profundezas do oceano.

As mudanças de pressão dentro da câmara imitaram as alterações de pressão verificadas dentro e fora do oceano diante de frentes frias e massas de ar quente.

Outra parte do estudo monitorou o movimento de tubarões selvagens com a ajuda de receptores acústicos e aparelhos de GPS (Global Positioning System) na Estação de Campo Biológica de Bimini, nas Bahamas.

Furacão
A sensibilidade dos tubarões a mudanças de pressão foi descoberta em 2001, quando os animais fugiram das águas mais rasas assim que o furacão Gabrielle começou a se aproximar da costa da Flórida.

Observações feitas por especialistas mostraram que tubarões galha preta migraram para águas mais profundas conforme sentiam a aproximação do mau tempo.

A pesquisadora Lauren Smith explicou essas reações dizendo que o ouvido interno dos tubarões é semelhante ao dos humanos e sente mudanças na pressão. Nos animais, há um nervo que vai do ouvido até o cérebro levando as informações sobre a pressão atmosférica.

Os tubarões usariam então esse mecanismo como um sistema de alerta sobre mudanças no tempo. Acredita-se que o trabalho de Smith seja a primeira tentativa de testar a teoria da pressão.

"Sempre gostei de viajar e mergulhar e isso despertou meu interesse por tubarões". "Foi ótimo poder explorar essa área para o meu doutorado, especialmente porque essa é a primeira vez em que a teoria é estudada com profundidade".

BBC Brasil

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