sexta-feira, 24 de abril de 2009

Amor Animal


Uma professora de um bairro pobre de Cáli, na Colômbia, realiza há mais de dez anos um trabalho considerado um exemplo de solidariedade para os homens e os animais. Além de ser proprietária de uma escola, Ana Julia Torres se dedica a cuidar de dezenas de espécies que foram maltratadas, feridas e até mesmo esquecidas pela velhice em um 'sanatório ambiental'. As informações são da agência EFE.

O centro de reabilitação Vila Lorena - mantido com recursos próprios de Torres e eventuais doações de empresas - atende a qualquer espécie da fauna. Fora a ajuda ao meio ambiente, a pedagoga ainda faz questão de estimular o contato dos seus alunos com os animais para que eles aprendam a respeitá-los.

"Temos bichos mancos, cegos, caolhos, inválidos e alguns até foram violentados. Chegam em estado de desnutrição, feridos, queimados, apunhalados, com tiros", afirmou a professora.

A pedagoga explicou que a instituição abriga exemplares que foram abandonados pelos donos, encontrados nas ruas e resgatados de circos em que eram maltratados em cativeiro. "Neste momento tenho 800 animais, mas muitos outros passaram por nossas mãos, já que nem sempre sobrevivem", contou.

Entre os habitantes ilustres de Vila Lorena, estão cinco tigres, quatro leões, dez jaguares, dez pumas, gatos-do-mato, jaguatiricas e águias.

Crime ambiental
Segundo Ana Julia Torres, a história mais cruel é a de um macaco-aranha que vivia com um alcoólatra antes de morrer. "Cada vez que o homem chegava em casa, enchia o animal de chutes até o dia em que a polícia encontrou no chão uma poça de sangue e pêlos. Choramos de raiva ao ver a cena", lembrou.

O macaco perdeu um olho e os dentes com os pontapés, mas veterinários conseguiram salvá-lo na época. A violência deixou seqüelas no primata, que escondia a cabeça entre os membros no canto da jaula quando escutava os passos de alguém.

Natureza agradece
Os animais parecem querer retribuir o carinho dado pela professora em suas andanças pelo centro de preservação, que já salvou vários da morte e prolongou o tempo de vida de muitos outros. "Tinha um elefante caolho que quando me enxergava com o olho bom vinha me abraçar com a tromba", relembra. Mesmo caso acontece com os leões, pois basta Torres se aproximar das jaulas para os exemplares ficarem em pé para abraçá-la e lambê-la.

Fonte Redação Terra

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